Emmanuel
O homem é o centro.
O mundo é a periferia.
Todas as questões políticas e administrativas, todos os enigmas sociólogos e passionais, que espalham na Terra as mais constrangedoras crises de espíritos, dependem da solução de um problema único para serem convenientemente decifrados – o problema do reajuste da nossa própria alma ante as Leis Divinas.
Não há um Mestre ausente da escola do mundo, mas sim aprendizes que fogem indefinidamente à lição.
O Senhor não menospreza os tutelados que lhe aguardam a proteção, mas como atender ao impositivo da comunhão se nos afastamos, sistematicamente, d’Aquele que é a luz de nossos destinos?
Pulverizemos as cristalizações de egoísmo e orgulho, vaidade e revolta que nos inibem a visão espiritual.
Desatulhemos o santuário íntimo, ocupado por inutilidades e ilusões e a luz divina penetra-nos-á o coração, determinando novas atitudes à vida conscencial.
Somos, ainda, em nosso estágio evolutivo, quando confrontados com a inteligência Perfeita que nos rege, humildes seres pensantes.
Ante a grandeza do Universo, as nossas limitações são comparáveis ás que separam o verme da estrela.
Como penetrar nos domínios de Deus quando nos demoramos imanizados à sombria concha do “eu?”
Com que títulos exigir novos planos do Amor Divino, se ainda permanecemos em continuada recapitulação dos primários mandamentos da justiça humanas?
Barro nas mãos sábias do oleiro, peçamos ao Senhor nos ajude a suportar o fogo das experiências dolorosas e necessárias, a fim de que nosso espírito adquira a luz indispensável para refletir a Eterna Sabedoria e, então, depois de liquidado o escuro problema que somos nós, em nós mesmos, será lícito esperar, no mundo de nossa alma, a luz da Alvorada Nova.
Muita paz
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